junto à janela,ela pensa na linha tênue que separa a sua perfeita sanidade da sua perfeita loucura.seu corpo responde da maneira que sabe ao pensamento que não sai da cabeça dessa moça:o corpo,ele inteiro,reage só de lembrar de um cheiro.o cheiro dele(os cheiros...alguns são tão agradáveis que ela pensa que é por isso que é agnóstica:alguns cheiros,algumas sensações,a música...TÊM que ser divinos!).
é cruel,é insólito,é alvoroço celular.ela está completamente apaixonada.
isso faz com que ela fique com medo.dói.clichemente mesmo!dói.quando ela o encontra,tem certeza de que o ama mais (como é possível?ela fica sufocada e quase louca com essa certeza inexorável)e tem a certeza também de que é impossível esse relacionamento se realizar.não entendam mal:o amor entre eles (sim,porque ele ainda não teve a epifania de que a ama,e o jeito com que a ama não é o jeito que serve pra ela)já foi tangível bastantes vezes,até,mas sempre escapa das mãos (e dos lábios,e dos braços...)de uma maneira bizarra,apática,problemática,neurastênica,esquizofrênica,distanciada brechtianamente (e não é só por lembrar de brecht não,é que esta descrição é a melhor para este "relacionamento").
o que era felicidade (?)se tranforma em efemeridade e ela não quer ter essa incerteza.ela gosta do incerto mas gosta também da estabilidade.pensar nisso faz com que ela queira gritar;um grito primitivo e cheio de vida,sem as repressões e condicionamentos da sociedade...(obviamente ela não vai realizar esta proeza tão rápido,e também porque os vizinhos,a mãe e os irmãos iriam reclamar-a vida real a faz sair dessa fantasia folhetinesca.)
ela o ama demasiadamente,
mas como diriam as sábias avós,"tudo que é demais enjoa/faz mal".
a moça,então,decide morrer de amor...e continuar vivendo (ela tenta se lembrar do poeta que disse isso...mario quintana?este sabia das coisas!).
a saudade agora é uma companheira leal,talvez pra vida toda (ou pra morte toda,neste caso).
mais romantismo do que a impossibilidade de realização ela não vai achar.
ela pára de pensar,porque do contrário ela sucumbirá.
melhor agora só lembrar...
domingo, 3 de agosto de 2008
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3 comentários:
Realizado ou não, realizável ou não, também diziam as sábaias avós: "Isso também passará".
;)
Avós....também me amaldiçoavam quando eu era criança e me machucava: "Quando casar sara!"
E eu ainda ficava FELIZ!!!!Ai, nada como não saber quanto isso demoraria....=pp
Ai, não acredito, mais uma pisciana que se rendeu...
O que será da nossa raça, meldels?
Laurinha, você está clichemente e melodramaticamente apaixonada!
Nããããããooooooooo!!!!!!!!
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